Sonntag, 6. November 2011

Voltinha de Outono

Fazia tempo que não andava pelos Alpes de mota, o motivo principal de não o fazer, deve-se à sobre-lotação das estradas nos últimos anos durante a época quente, principalmente nas passagens de montanha e rotas mais interessantes.
Quando chega o Outono, as "amostras" de motociclistas desaparecem das estradas e os enlatados também se tornam raros. 
Hoje, aproveitando o clima mais fresco e a ausência do nevoeiro matinal fiz-me à estrada em direcção a Itália, a intenção era passar pelo "Passo Stelvio" ou Stilfserjoch e mais uns quantos para lá chegar e voltar.
Manhã fresca, estradas vazias, paisagens de cores douradas que só podem ser apreciadas neste curto período do ano o dia promete.

Entrei na Austria pela estrada que passa pelo Plansee, um lago que não me canso de visitar com as suas incomportáveis curvas a contornar o seu perfil



e segui para a primeira passagem de montanha do dia, o Hahntennjoch onde no topo o frio já se fazia sentir, a descida para Imst tornou-se difícil devido à luminosidade que deixava o asfalto parecer húmido, quando por vezes o mesmo se encontrava seco.


Continuando em direcção ao Stelvio entrei na Itália onde passeio por mais um lago, o di Résia, onde as nuvens desceram à estrada


 

A derrota do dia, o Passo Stelvio estava fechado

O destino fixado para o almoço era Livigno, do outro lado do Stelvio, decidi por isso dar meia volta e ir entrar na Suíça pelo Pass dal Fuorn onde deu direito aos primeiros chuviscos do dia e um piso molhado que impedia degustar as curvas.
Entrei de novo na Itália pelo túnel Munt la Schera, que liga o Parque Nacional Suíço ao vale de Livigno, a passagem deste túnel alivia a carteira do motociclista em 10€, valha o preço da gasolina do outro lado a €1,07 que reduz um pouco os custos. Livigno é uma localidade duty-free, sem impostos, por isso o baixo preço.
Depois de ter colocado 10€ de gasolina, preferia ter atestado mas todos os 10 postos de destribuição estavam "chiusos" e cartões de credito ou debito népia, só notas e como só tinha duas de 5 arranquei com o depósito meio vazio. Almocei em Livigno como previsto, pela janela do restaurante percebi que a chuva estava para ficar.

Não sei porque mas tenho a impressão que estive a ser observado durante o almoço :-)
Ao sair do restaurante fiz uma grande "besteira" como dizem os amigos brasucas, apesar de continuar a chover e na frente existir um banco de madeira sequinho à disposição sentei-me na mota e arranquei claro que me apercebi logo da burrice, mas como não gosto de voltar para trás e sabia que a uns kms existe um túnel, segui em frente. Parei no túnel para vestir as calças de chuva. O túnel fica numa subida e tem um declive bastante elevado, encostei a mota bem na parede, paralela à mesma, para não atrapalhar o trânsito. Quando se sentei na mota de novo, para arrancar não puxei logo o travão e esta escorregou para trás deixando-me numa situação de me#$%, punho direito encostado na parede e descanço lateral no chão, não sei se estão a ver o filme, já tinha passado por situações idênticas no passado, pena que um gajo não aprenda. É nestas horas que preferia estar a viajar numa mota mais leve, mas também é aqui que penso, fosga-se ainda bem que não é uma GS. Para minha surpresa um italiano de carro apercebeu-se que estava em dificuldades e ofereceu-se para ajudar mas não foi necessário, com muito esforço, tinha conseguido empurrar o monstro os 10cm necessários para retirar o descanço e partir rumo ao Passo Bernina com um frio, chuva e nevoeiro que não fazem inveja a ninguém.
Novamente na Suíça segui por mais uma passagem de montanha, o Albula Pass em direcção a Chur.

 
De Chur segui para o Lichtenstein, Áustria e Alemanha.

Dienstag, 23. August 2011

Os últimos cartuchos

Nos últimos dias de viagem não tive acesso à net e apesar das boas intenções, quando voltei à vida real, imergi directamente no trabalho e fui involuntariamente adiando a publicação do término desta viagem.

Estando no Rio e como todo o mundo vai ao Pão de Açúcar e ao Cristo Rei, porque não (dar a) conhecer outros aspectos desta cidade?
Foi isso que fiz, acompanhado por uma família amiga fui visitar o Jardim Botânico.







A seguir voltei ao local de partida sempre pela costa.





e com muita pena minha terminou aqui esta viagem, mas irei voltar, que ainda ficou muito por conhecer ...

   

Montag, 20. Juni 2011

Sonntag, 19. Juni 2011

Dois dias a circular por BRs

Já tinha ouvido dizer que conduzir no Brasil era perigoso, mas até agora não tinha tido muitos motivos para me queixar. Agora que passei dois dias no meio de camionistas kamikazes, tenho uma opinião diferente, viajar nas estradas principais do Brasil (BR) alem de não ter muita piada, é bastante perigoso. Os camionistas e não só, desconhecem o que é a distancia de segurança, aqui circulam camiões com mais de 30 metros a velocidades que chegam a ultrapassar os 100km horários, com meio metro de distancia do camião que o precede. Fui por várias vezes, durante a ultrapassagem, surpreendido por existir outro camião a seguir ao que estava a ultrapassar, pelo mesmo não ser visível antes do inicio da manobra. Na maioria das 3. faixas os camiões mantêm-se à esquerda impedindo uma ultrapassagem legal, ...

no fim destes dias de risco cheguei ao Rio de Janeiro já no final do dia.


Mittwoch, 15. Juni 2011

Dia de Cultura na Costa da Descoberta

Segundo dia de descanso, desta aproveitando para passar por Porto Seguro e  ir até à Cruz Vermelha. 

Companhia ao pequeno almoço


Visitei a aldeia de índios Pataxó da Jaqueira. Existem duas opções para esta visita guiada, só a visita e a visita com um peixe grelhado na folha a finalizar a volta. Escolhi a segunda e recomendo o peixe estava excelente.

Segui depois para o Monumento da Descoberta, o ponto alto, pelo menos para mim foi a visita à replica da Nau de Pedro Álvares Cabral.

A Costa da Descoberta

Já  passou metade do tempo disponível, agora começa o countdown, em paralelo inicia-se a navegação em direção ao ponto de partida/chegada. Queria passar pelo Arrail d'Ajuda, toda gente por aqui diz que é dos pedaços de costa mais bonitos do Brasil. O dia foi de comer kms nas calmas, pelo meio: veste fato de chuva, sua, despe fato de chuva, molha, seca, veste fato de chuva, despe ... enfim poucas oportunidades para fotos, as paisagens foram típicas de uma floresta tropical que em alemão se chama "Regenwald", traduzido para português, "floresta chuvosa" hoje eu pude perceber porque os alemães lhe deram este nome :-).






No final acabei mesmo por chegar ao Arrail d'Ajuda na Costa da Descoberta. Durante a minha estadia por aqui, descobri que para os brasileiros, Pedro Álvares Cabral é uma espécie de herói, um personagem muito importante na sua história. 

Moqueca de peixe


Amanhã quero ir a norte de Porto Seguro, onde os nossos antepassados colocaram pela primeira vez os pés na então nomeada "Ilha de Vera Cruz" que passaria a Terra de Vera Cruz após se verificar que não se tratava de uma ilha. Nome nesse que viria a sofrer um ultima alteração para o atual Brasil.

Dienstag, 14. Juni 2011

A Chapada Diamantina

Hoje foi dia de descanso, mimado pelo calor de ontem, saí de manga curta para o Morro do Pai Inácio, o que provou não ter sido a melhor decisão. 


Já na descida do Morro refrescou o suficiente para me fazer voltar à base, não sem pelo meio apanhar uma chuvada, chuva esta que se prolongou durante a noite. 




O dia de Segunda também não estava com melhor aspeto, por isso levantei âncora e parti direção à costa. 









Um dia cheio de peripécias, na sua maioria de carácter negativo, mas no final tudo acabou bem e a menina até teve direito a dormir comigo no quarto.